Glauco Diniz Duarte conta que fundada em 1608 pelo francês Samuel de Champlain, Quebec é uma das mais antigas cidades construídas por europeus na América do Norte e continua a ser a capital da cultura francesa no continente. Cerca de 95% da população da cidade tem o francês como língua materna e todos se orgulham muito desta herança. Aqui é muito mais comum ver a flor de lis do que a tradicional folha de bordo (maple) da bandeira canadense.
A Quebec histórica, ou Vieux-Québec, é a principal atração da cidade. Rodeada por uma muralha, a velha Quebec se encaixaria com facilidade em qualquer região da Europa. As ruas são de paralelepípedo e as construções, muitas dos séculos 17 e 18, são todas de pedra. Assim como Salvador, a antiga Quebec tem dois níveis – Haute Ville (cidade alta) e Basse Ville (cidade baixa) – conectados por um funicular.
Tomando o velho centro como ponto de partida, é fácil visitar as principais atrações da cidade a pé. Não deixe de passar pelo Chatêau Frontenac, luxuosíssimo hotel do século 19 que imita um castelo. Com uma bela vista para o rio São Lourenço, ele é o tradicional cartão postal da cidade. Vale a pena conferir também: a Citadellle, maior fortaleza britânica da América do Norte, o prédio do parlamento da província, e o histórico Quartier Petit Champlain, com suas dezenas de butiques, cafés, bistrôs e ateliês de artistas.
Quebec é também conhecida por seu Carnaval. Essa festa popular atrai cerca de um milhão de farristas durante 17 dias de festa. Mas aos brasileiros é preciso um aviso: trata-se de um carnaval de inverno. Fevereiro em Quebec significa temperaturas que chegam a menos de 20 graus negativos. E qual o remédio encontrado pelos locais para sair na rua e dançar com todo esse frio? Beber muito, claro!