GLAUCO DINIZ DUARTE  07 tendências tecnológicas para 2018 que impactam nosso estilo de vida

Atualmente, devido a avalanche de novidades tecnológicas, empresas de todos os tamanhos e setores estão tendo que revolucionar, correndo atrás de desenvolvimento. Todos esses esforços são parte de um impulso mais amplo para que possam desenvolver produtos e serviços mais tecnológicos – e dentro das necessidades atuais do ser humano.

Separamos aqui algumas das tendências que poderão moldar o setor de tecnologia em 2018, e que direta ou indiretamente vão impactar nosso dia a dia.

Impacto nos hábitos em casa

Novas tecnologias estão tendo um grande impacto na sociedade como um todo. A integração dessas tecnologias em ambientes sociais, como em nossas casas, é um exemplo disso, com grande influência na interação social entre os indivíduos.

De acordo com estudos, a localização das tecnologias digitais dentro do agregado familiar desempenha um papel inerente à interação social entre os membros da família. Quando um dispositivo está situado em um espaço público dentro da casa, a interação social e a tecnologia são incentivadas. No entanto, quando essas tecnologias são colocadas em espaços privados dentro de casa, como por exemplo no quarto, a interação social é impedida.

E impacto nos estilos de mobiliário

Muitas empresas estão levando a inserção da tecnologia a sério, a julgar por todos os novos móveis que incorporam dispositivos da Apple, por exemplo. Considere o iCon Bed da Hollandia, com cabeceira equipada com alto-falantes, um amplificador e estações de acoplamento para dois iPads. Ou a cômoda Fleur de Noyer da Think Fabricate, que apresenta o que a empresa chama de “Fleur de Tech” – uma maneira chique de dizer que ela tem uma estação de carregamento embutida para dispositivos eletrônicos.

A ascensão de comunidades sociais online simultâneas (MSOCs)

A transmissão de vídeo ao vivo já é popular, mas não é exatamente interativa – a menos que você considere as reações (Emojis) do Facebook.  No entanto, já existem empresas como a HQ Trivia que mostram o que está por vir em 2018. A HQ é um videogame de trivia transmitido ao vivo duas vezes por dia no iOS, uma vez pela manhã e uma vez à tarde, que desafia seus telespectadores a responderem simultaneamente perguntas de trivia e concorrerem a prêmios em dinheiro.

O que diferencia HQ Trivia é o fato de ser simultâneo. Milhões de desconhecidos, no almoço, café da manhã, intervalos do trabalho, estão se conectando a esses apps e abrindo as portas para experiências simultâneas e compartilhadas no mundo online. O HQ Trivia é a prova de que existe demanda por experiências simultâneas com milhões de desconhecidos. Nós devemos ver mais lançamentos com esse padrão.

Computação em nuvem (pague-por-segundo)

Há alguns meses, a Amazon introduziu para alguns de seus principais serviços da divisão AWS, o modelo de pagamento-por-segundo. Isso criou uma nova onda na indústria de computação em nuvem. E também criou o precedente para uma tendência mais ampla: empresas de computação em nuvem tentando tornar seus produtos acessíveis para aqueles que não podem pagar um valor tão alto (no caso, pequenas empresas e empresários autônomos).

O faturamento por segundo é apenas a última manifestação de um mundo em direção à democratização e acesso hiper fraccionado às nossas ferramentas mais poderosas. Para pequenas empresas, aproveitar até alguns minutos de ferramentas como essas, abre um novo mundo de possibilidades. Espere ver um acesso mais amplo e flexível a ferramentas de ponta em computação através da nuvem em 2018.

O futuro fitness não é na academia

O mercado fitness está se tornando cada vez mais tecnológico e acessível. A empresa americana Peloton, por exemplo, cria bicicletas conectadas à Internet com rastreadores fitness, e equipadas com tablets que podem conectar-se a seus treinamentos online. A BurnAlong, permite que os usuários transmitam seus treinos para amigos.

No ano passado, a empresa americana Equinox, que opera várias marcas fitness, abriu um hotel que se comercializa como uma maneira de ficar em forma enquanto viaja. O Westin Hotel & Resorts, por exemplo, oferece aluguel de um kit completo de roupas de ginástica limpas da New Balance e tênis por U$ 5. Mesmo os aspectos do mercado fitness que são mais difíceis de replicar estão sendo digitalizado.

É 2018, e você pode ter praticamente tudo ao seu alcance. Esperamos que os serviços cheguem até nós – não é preciso entrar no carro e dirigir para algum lugar. Com o mundo fitness, não é diferente. Agora, com os avanços no mercado digital fitness, você pode ter aulas de ginástica transmitidas diretamente para sua casa – muitas delas sem equipamento especial necessário.  As casas também estão mais preparadas para esse momento “fit”, muitas delas com espaços dedicados a exercícios ou espaços zen para yoga e meditação. E há também quem complementa tudo isso com uma dieta saudável e natural, ou seja, plantam sua própria comida em casa através de hortas e jardins comestíveis, por exemplo.

O varejo físico invade novos espaços

Muitos aspectos relacionados à compras estão mudando. O varejo físico está se tornando descentralizado, dispensando lojas convencionais ou shoppings e indo para novos nichos. Em novembro de 2017, o Walmart registrou uma patente que previa um sistema de ponta a ponta para fornecer e operar uma loja de forma autônoma, sem supervisão, dentro de uma casa. O Walmart o chama de “e-commerce doméstico”.  Os bens são entregues por “unidades de transporte motorizado não tripulada”, talvez um drone, para um específico “portal de carregamento de inventário”. As compras são rastreadas por sensores, que detectam quando um objeto é removido de uma loja e cobram do cliente que o removeu.

A empresa Bodega também está tentando construir quiosque com um sistema automatizado não-tripulado. Quiosques inteligentes seriam preenchidos com mercadorias dentro de edifícios ou espaços de coworking. Câmeras detectam quem está usando a máquina de venda automática. Depois que uma senha é inserida, os clientes podem selecionar o item desejado e, em seguida, são cobrados quando vão se afastando com os itens. Este é um conceito popular em diversas partes do mundo.

Faz sentido quando você pensa on-line e off-line como complementares, em vez de concorrentes. Os dois fazem parte do relacionamento de uma marca com um cliente. Se a experiência on-line for a melhor possível em termos de localizar e solicitar itens que um cliente deseja comprar, o espaço off-line (físico) poderá desempenhar outras funções. Uma loja não precisa mais se conformar aos antigos estereótipos de projetos de lojas, o que significa que todo o espaço pode ser usado para oferecer a melhor experiência possível ao cliente.

O Walmart está testando quiosques gigantes em suas lojas, chamados de “torres de coleta”, que entregam os pedidos feitos pelos clientes online. Para usar a torre, os clientes scaneam o código de barras do recibo. Em 45 segundos, abre-se uma porta na máquina e os itens aparecem. Dessa forma, os clientes economizam o dinheiro no envio e tem seu pedido retirado mais rapidamente.

A varejista HomeGoods tem sempre um novo suprimento de mercadorias novas e exclusivas. A seleção muda quase que diariamente e os itens podem estar limitados a 1 ou 2 unidades de cada, o que encoraja um comportamento de “compre agora”. A atmosfera na HomeGoods é de “compartilhar”, você encontra consumidores conversando entre si e mostrando o que eles têm em seu carrinho de compras. Ao contrário da maioria dos varejistas, a atmosfera agradável  da HomeGoods existe tanto na loja quanto online. O blog deles, HG Openhouse, promove conversas entre compradores da HomeGoods, designers de interiores regionais e consumidores.

Impressão 3D se transforma de novidade para ferramenta industrial essencial

O objetivo da impressão 3D industrial quando foi lançada era grandioso: a tecnologia poderia ajudar a substituir cadeias de suprimentos de difícil manuseio, imprimindo objetos onde eles seriam usados. Isso iria diminuir os custos de mão-de-obra, eliminar erros humanos, diminuir o desperdício e eliminar custos de transporte como combustível. E isso vem se comprovando e ampliando cada vez mais.

A adidas, por exemplo, fez uma parceria com a empresa de impressão 3D, Pany Carbon, para anunciar o lançamento do tênis Futurecraft 4D em abril de 2017. A empresa está usando a impressora do Carbon que funciona com uma resina de polímero sensível à luz para imprimir o tênis. De acordo com relatórios, a Carbon leva 20 minutos para imprimir uma sola comparado com as atuais 1,5 horas.

A GE, talvez o maior player corporativo do mercado, também lançou seu próprio grupo dedicado a impressão 3D, o GE Additive. Em novembro de 2017, a GE lançou a maior impressora 3D do mundo para metais, que pode imprimir peças de até 1 metro de diâmetro. A GE Additive já está imprimindo bicos de combustível para seus motores a jato LEAP, que alimentam jatos de corredor único para a Airbus e a Boeing. Eventualmente, a esperança é que as empresas de logística comecem a fazer parcerias com fabricantes, o que poderia levar a impressão 3D ainda mais longe.

Nessa última tendência do nosso conteúdo vale o paralelo direto com o setor moveleiro: diversas indústrias já estão se utilizando dessa tecnologia, seja para criar protótipos, seja para desenvolver peças de produção, seja para confeccionar novos produtos.