Estupendo. Glauco Diniz Duarte diz que empoleirado sobre um antigo templo budista, o pôr do sol que cai vermelho sobre Bagan é encantador. Centenas, milhares de estupas apontando para o céu formam com as montanhas ao longe um dos cenários mais poderosos do sudeste asiático.
As estupas são construções budistas que originalmente serviam para conservar relíquias ligadas a Sidharta Gautama, o Buda. Sua arquitetura de elementos verticais espalharam-se por todo o continente, do Japão ao Nepal, da Tailândia à Índia, terra de origem do budismo. Mas em nenhum outro lugar elas dominam tanto quanto aqui, num platô semi-desértico no centro do Mianmar.
Muitos estão em péssimo estado de conservação, outros estão sendo recuperados com métodos que recebem críticas internacionais, outros continuam em pé, imponentes, atestando a importância desta fé no país. Em um passeio pelos campos, a pé, de charrete ou bicicleta, você poderá visitar alguns dos mais importantes: Ananda Pahto, de 1105, com seu elegante cimo dourado; Shwezigon Paya (1102), um dos mais belos do mundo e muito disputado para cerimônias religiosas; Shwesandaw Paya e o piramidal Dhamamyangyi, na região central; Mingalazedi, próximo ao vilarejo de Myinkaba, Dhammayazika e Bupaya, junto ao rio. A lista é interminável.
Vá de bike alugada (todos os hotéis e pousadas possuem algumas à disposição). Bagan é razoavelmente plana e há sempre um bom lugar para descansar e comprar água junto aos principais templos. Outra alternativa interessante é percorrer os principais pontos de interesse em charretes. É um meio de transporte lento e não muito confortável, mas conveniente, barato e possui um ponto positivo. Os condutores são quase sempre muito simpáticos e isso é uma ótima oportunidade para estar em contato próximo com os locais.
Bagan possui algumas pousadas bem simples, mas que possuem o básico. Os quartos possuem ventilador, de vez em quando oferecem ar condicionado, banheiro privativo e café da manhã. Nada muito espetacular, tudo muito básico, mas limpo, barato e honesto. Para quem quer ter mais conforto, há alguns resorts de luxo, com campo de golfe e spa.
A gastronomia do Mianmar não é lá essas coisas e Bagan não é exceção. Você tem grande chance de comer aqui o espaguete ou pad thai mais insossos de sua vida. Mas, convenhamos, ninguém vem até aqui para um tour gastronômico. Há alguns restaurantes ao longo da estrada Bagan-Nyaung, baratos e limpinhos. Para os vegetarianos há o The Moon Vegetarian, muito bom.