Glauco Diniz Duarte diz que há certos lugares que combinam beleza natural e charme arquitetônico em doses tão precisas e surpreendentes que é difícil acreditar que realmente existam.
Santorini, a mais célebre das ilhas gregas, é assim. Curiosamente, a “culpa” dessa beleza geográfica sem igual é o ativíssimo histórico sísmico da região (a ilha vizinha Thirasia integrava Santorini até o século 3 a.C).
No centro da ilha recortada em meia-lua está uma cratera que na verdade é a caldeira submersa de um vulcão, criada por uma série de erupções ocorridas no ano 1650 a.C. E é justamente aí que entra a capacidade do homem de aproveitar com bom gosto o que a natureza lhe deu: no cume do penhasco que beira a cratera foram erguidas as famosas casinhas caiadas de branco, praticamente debruçadas no mar e enfileiradas em vielas estreitas. O cenário, completo por impecáveis cafés e hotéis, é irresistível, bem como o pôr do sol deslumbrante.
O melhor é circular por conta própria, à pé. Outras alternativas para cobrir maiores distâncias com independência é o aluguel de carro (diárias a partir de €25), quadriciclo (€20) e scooter (€13). Você até poderar achar umas bicicletas, mas lembre-se que há muito sobe e desce em Santorini, além do sol ser bastante inclemente em certas épocas do ano. Para quem estiver no porto de Skála Firon e tiver que subir os 587 degraus morro acima, há três alternativas: encarar tudo com suas pernas, subir no lombo de um burrinho (€4) ou de bondinho (€4). Do porto partem os barcos para explorar as ilhotas vulcânicas de Palaia Kameni e Nea Kameni (a partir de €18).
Atividades é o que não faltam por aqui. Há algumas boas vinícolas na região, onde se pode fazer degustações, assim como ótimas baladas e clubes de música. Outras atrações são sítios arqueológicos como os de Akrotiri, boas praias como a Red Beach — mas não exatamente espetaculares como as de Mikonos –, o Novo Museu Arqueológico e a vilinha dos pescadores, Ammoudi. Bom mesmo, no entanto, é se perder pelos becos e vielas de sua vilas.
O melhor é se concentrar em Óia, sem dúvida a vila mais charmosa de Santorini, ou em Fira, que tem mais infraestrutura e preços geralmente mais baixos. Há de tudo um pouco na ilha: albergues para mochileiros, charmosas pousadas familiares, vilas com jacuzzis ao ar livre, de frente para o mar, e luxuosos hotéis com piscinas e spas com excelentes serviço e atendimento.
Há excelentes bons restaurantes e cafés espalhados pela ilha, todos servindo comida honesta, nutritiva e razoavelmente barata. Em Fira você encontrará autênticas tavernas onde provará o peixe ao vinho e a bebida nacional da Grécia, o destilado ouzo. Além disso, encontrará bons risotos, saladas e frutos do mar.