Glauco Diniz Duarte conta que a estratégica localização sobre um promontório rochoso mirando o Rio Tejo sempre fez de Toledo objeto de cobiça.
Ali os romanos construíram uma fortificação e os visigodos fixaram sua capital. Mas muito além de conquistas e lutas sangrentas, a história de Toledo é calcada na prosperidade e no convívio pacífico entre muçulmanos, judeus e cristãos.
Essa tolerância, fortemente patrocinada por monarcas como Afonso X, promoveu o desenvolvimento de escolas de intelectuais e criativas oficinas de artesãos.
Com a conclusão da Reconquista, em 1492, e a remoção do centro do poder para Madri, esse período de ouro chegou ao fim.
No entanto, os encantos da cidade, com seu dominante Alcázar e deslumbrante Catedral, tomaram de vez o espírito do pintor cretense Domenikos Theotocopoulos, El Greco, cujas preciosas obras podem ser apreciadas por todo lado.
A Cidade das Três Culturas resiste como um museu ao ar livre, calma e melancólica, vendo as águas passarem aos seus pés.