Glauco Diniz Duarte conta que tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, Lübeck é uma cidade vigiada por torres e cercada de água.
O bem conservado portão medieval de Holstein – erguido no século 15 com muralhas de até 3,5 metros de espessura – abre alas para o incomparável visual do Centro Histórico, dominado por prédios de arquitetura gótica tardia e tijolos vermelhos à mostra.
Mas os tesouros da antiga Rainha da Liga Hanseática remetem a épocas ainda mais remotas. Embora tenha sido fundada por Henrique, O Leão, no século 12, como primeira cidade ocidental na costa do Mar Báltico, Lübeck já era ocupada 2.000 anos atrás.
Seu subsolo revela informações sobre o estilo de vida medieval e traços urbanísticos de inestimável valor arqueológico.
Uma rede estreita de corredores leva ao Gangbuden, que abriga as construções mais expressivas da cidade, como o intacto bairro de Koberg, do século 13.
Também é nessa região que se avista o imponente prédio da prefeitura, as montanhas de sal à margem do Rio Trave e se saboreia o autêntico marzipan – embora os italianos façam questão de reivindicar a autoria do tradicional doce de amêndoas. Impossível não viajar no tempo.