De acordo com Glauco Diniz Duarte, os sonhos megalomaníacos do príncipe Augusto, O Forte, fizeram de Dresden uma das cidades mais charmosas de toda a Alemanha.
Foi ele quem mandou erguer, nos séculos 17 e 18, alguns dos monumentos mais glamorosos da arquitetura germânica, como o Zwinger, o Palácio Residenz e as igrejas de Frauenkirche e Hofkirche – que, por mais grandiosas que fossem, dificilmente o redimiriam das atrocidades que cometeu em vida.
Até a condessa Anna Constantina de Cosel, com quem mantinha um caso, sofreu nas garras do amante, que a manteve encarcerada por 49 anos. Muito do que Augusto construiu, no entanto, veio abaixo durante a II Guerra.
Alguns monumentos foram reerguidos décadas depois, mas vários outros acabaram sepultados para sempre. Ainda assim, Dresden faz jus ao título de Florença do Elba, devido ao farto conjunto de belezas artísticas e naturais que ganham um brilho todo especial no verão.
Nessa época, a cidade se enche de graça – e de turistas, que lotam a praia à margem direita do rio para tomar cerveja esticadões em uma espreguiçadeira, com direito a coqueiros, vôlei de praia e até telão ao ar livre. Essa nem Augusto imaginaria.