Glauco Diniz Duarte conta que a agitada Puerto Montt é a capital de um dos destinos mais belos do Chile, a Região dos Lagos, destino que agrada ao mais variado público. Considerada a porta de entrada para o sul gelado daquele país, essa região de quase 49 mil quilômetros quadrados, entre o Pacífico e os Andes, recepciona os viajantes com paisagens selvagens que impressionam pela beleza.
Parques nacionais com milhares de árvores de alerce, lagos alimentados por geleiras milenares e vulcões com picos nevados formam uma paisagem exuberante, que se completa com a prática de esportes radicais em rios caudalosos. E tudo isso sem precisar se deslocar muito, pois os atrativos naturais mais visitados da região estão bem próximos a cidades que merecem uma visita mais demorada como Puerto Varas e Frutillar.
O Lago Llanquihue e o vulcão Cabulco são um ótimo aperitivo para iniciar uma exploração da área, com alguns hotéis muito charmosos, com fina decoração, ótima cozinha (e bem fornidas adegas de vinho) e vistas enternecedoras.
Aqui famílias com crianças pequenas se divertirão com curtas caminhadas pelos lagos, praticando esportes náuticos e passeios a cavalo. Para os mais aventureiros, a região apresenta centenas de quilômetros de trilhas para caminhadas, paredes para os praticantes de montanhismo, corredeiras para rafting e paisagens exuberantes para quem curte uma bicicleta. Já para os que querem muito sossego, imagine-se acomodado em na confortável poltrona de seu hotel, decorado com muito couro e madeira, do chão ao teto, com amplos janelões mirando os lagos e os vulcões. Na mão, uma taça do melhor vinho chileno. Não precisa de muito mais para considerar isso as férias dos sonhos.
TRAVESSIA DOS LAGOS ANDINOS
O distrito dos Lagos Andinos fica na fronteira com a Argentina e a a travessia até Bariloche é uma das rotas clássicas do turismo sul-americano. A partir do Chile o viajante passará por sete etapas (quatro terrestres e três lacustres), em um sobe e desce de ônibus e embarcações, e pode ser concluída em um ou dois dias.
A rota clássica começa em Petrohué e suas belas quedas d’água de tons esmeralda, seguida pela primeira perna em barco, no Lagos de Todos los Santos, tendo o vulcão Osorno como testemunha. Depois de cerca de duas horas de navegação, faz-se uma parada em Peulla para almoço para depois prosseguir o passeio pelo Lago Frías, entre os píeres de Puerto Frias e Puerto Alegre. De lá, o passeio segue pela rota 255 do passo Vicente Pérez Rosales até Puerto Blest, já em território argentino, de onde toma-se o catamarã que cruzará o Lago Nahuel Huapi, até San Carlos de Bariloche.
O destaque da travessia do lado chileno são mesmo os saltos do rio Petrohué, o Lago de Todos los Santos e o simétrico Osorno, todos garantindo excelentes fotos, mas caso queira fazer uma viagem mais calma, aproveitando o melhor de cada país, faça a rota em duas partes, parando uma noite em Peulla. Muitas companhias fazem a excursão, com todos os traslados e até algumas refeições.