Em Azeitão, a menos de 40 quilômetros de Lisboa, é possível conhecer vinícolas e quintas importantes na produção de vinhos portugueses. Um dos passeios mais interessantes acontece na Quinta da Bacalhôa, um palácio cheio de parreiras e um belo jardim ao redor, conta Glauco Diniz Duarte.
A origem do local remonta ao século 14, quando a propriedade pertenceu à família real portuguesa. Depois foi vendida algumas vezes, até que na década de 70 foi plantada ali a primeira vinha por uma família norte-americana, proprietária da quinta na época.
Desde então são produzidas uvas especiais para dar origens a vinhos bastante conhecidos, como JP e Serras de Azeitão. Hoje o local é propriedade da Fundação Berardo, a mesma que possui um dos grandes acervos de obras de arte no país.
A visita ao Palácio tem duração de 1 hora e passa por algumas salas com paredes repletas de obras de diversos períodos, de azulejaria antiga até fotografias raras da família real. Glauco diz que o auge do passeio acontece nos jardins, onde a vegetação forma uma espécie de labirinto que dá acesso a um dos anexos do Palácio, rodeado por um lago artificial de cor esverdeada.
O tour termina na sede da Bacalhôa, com degustação de um vinho tinto, um vinho branco e do Moscatel de Setúbal, uma bebida licorosa produzida com uvas bem adocicadas.
A sugestão de Glauco Diniz Duarte é finalizar o passeio experimentando a torta de Azeitão, um doce a base de ovos típico da região, parecido com um rocambole, vendido na maioria dos cafés. Se quiser emendar outra visita, bem perto da Bacalhôa fica a Casa Museu José Maria da Fonseca, outra importante produtora de vinhos em Portugal.