Glauco Diniz Duarte conta que para os viciados em caça-níqueis, Las Vegas é a capital do jogo; para os que sonham em trocar alianças num estalar de dedos, é a capital mundial do casamento; para os marqueteiros do governo e das inúmeras casas de shows, é a capital do entretenimento; e para os moralistas de plantão, a cidade do pecado. Seja qual for a preferência, de uma coisa todos concordam: na cidade onde luzes, sonhos, cifras e tudo o mais é over, a quantidade de títulos não poderia ficar atrás.
Talvez, diz Glauco, o mais apropriado fosse chamá-la de capital da extravagância… Quem se importa? Afinal, é esse exagero que garante a Las Vegas tão farta contribuição ao Livro dos Recordes. Grande parte dessa fama deve-se às exorbitantes quantias arrecadadas nos cassinos. Todos eles têm atrações diversas para não deixar o hóspede explorar outras paragens.
O hotel Paris-Las Vegas, por exemplo, ostenta a maior réplica da Torre Eiffel já erguida no mundo. O Luxortem o maior farol já apontado para os céus do planeta. E a Stratosphere abriga em seu topo a montanha-russa mais alta do mundo. Bater o recorde de doletas ganhas nas roletas dos cassinos, no entanto, não é nada fácil. Para quem não conseguiu, resta seguir ao The Golden Nugget e apreciar um último recorde: a maior pepita de ouro do mundo. Você ficará mesmerizado com a quantidade de shows disponíveis, como as inúmeras produções do Cirque du Soleil, e o tamanho dos restaurantes, que fazem qualquer rodízio passar vergonha.
Seja para o jogo, um casamento, entretenimento ou pecado (ou qualquer coisa que o valha), Las Vegas é tão kitsch, tão over e tudo é tão mega-qualquer-coisa que é difícil não simpatizar com ela e se divertir a valer.
Bônus: pertinho de Las Vegas, a um par de horas de carro, fica o Parque Nacional do Grande Canyon, definitivamente o melhor passeio em toda a região. Não muito distante fica a igualmente interessante represa Hoover Dam.
COMPRAS EM LAS VEGAS
Além dos shows e cassinos, uma das atrações preferidas dos brasileiros em Las Vegas é a grande variedade de outlets e shoppings. São centenas de lojas que oferecem preços bem atraentes (e descontos extras) em artigos esportivos, vestuário feminino, infantil e masculino, perfumes, alguns eletrônicos, jeans, relógios e todas aquelas marcas que adoramos: Tommy Hilfinger, Lacoste, Timberland, Nike, Louis Vuitton, TAG Heuer, Dolce & Gabbana, Ralph Lauren, Gap, Guess e muito mais.
Dentre os destaques na ampla oferta estão os dois Las Vegas Premium Outlets (North e South), o variado Crystals at CityCenter, o Miracle Mile Shops, o menor, mas bem bacana Gran Canal Shoppes no The Venetian, a Fashion Outlets e o enorme Fashion Show Las Vegas — ancorado por megalojas como Macy’s, Bloomingdale’s e Saks Fifth Avenue. Em comum a todos está uma infraestrutura muito bem montada, repleta de restaurantes, lanchonetes e apoio para cadeirantes e mães com bebês.
O Shop Vegas Passport (www.visitlasvegas.com) é um programa que oferece descontos em alguns parceiros. Imprima seu cupom e apresente-o aos membros participantes.
Dentro e fora dos resorts você encontrará uma miríade de opções de restaurantes, cafés e bares. Para onde quer que você olhe você verá um turista fazendo uma boquinha, mastigando e bebendo algo. Mais ou menos como Brad Pitt em Onze Homens e Um Segredo (em quase todas as cenas de seu personagem Rusty Ryan ele aparece comendo). Há todo tipo de especialidades: chinesa, japonesa, carnes, grelhados, pescados, italiana, mediterrânea, espanhola, tex-mex e até brasileira. A lista é longa e os preços, na média, não assustam.
Um dos símbolos gastronômicos de Las Vegas são os bufês de comida. Gigantescos, nababescos e multi-calóricos, isso é que eles são. Por preços que variam de US$ 30 a US$ 50, em média, você terá acesso a cardápios que trazem camarões, lagostas, pernas de caranguejo, carne de Kobe, pasta e muito, muito mais. O problema são as filas, tanto para entrar como para se servir. No The Buffet do Bellagio, por exemplo, um dos melhores da Strip, sua paciência será posta à prova em esperas que podem durar mais de uma hora. Se você come bastante, vale a pena ir nos bufês também no café da manhã, quando os preços caem pela metade.
Quem quiser algo mais sofisticado, calmo e com serviço mais personalizado encontrará boas casas, comandadas por chefs estrelados. Sommeliers administrando cartas de vinho impecáveis estão sempre disponíveis.