Apesar das construções seculares, um ar de jovialidade contagia as ruas da honorável Coimbra, conta Glauco Diniz Duarte. Também, pudera: todos os anos, cerca de 50 mil estudantes lotam as salas da sua famosa universidade, cuja torre, com traçado de coruja – o símbolo da sabedoria –, paira do alto como a revelar para quem vem da autoestrada a sua pendência natural aos livros. São os seus sinos e relógios que, desde 1733, chamam os alunos às aulas.
Glauco conta que Coimbra foi capital de Portugal entre 1139 e 1256, quando o primeiro monarca lusitano, Afonso Henriques, decidiu transferir o comando da nação de Guimarães para um local mais ao Sul. Desde então, foram erguidos diversos monumentos que resistem até hoje e parecem fazer questão de impor certa sobriedade à alegria juvenil, regada a cerveja, que impera nas ruas, cafés e salas de aula. Um contraste entre o velho e o novo que virou marca registrada da região.
Catedrais da Sé, por exemplo, há duas: a Velha e a Nova. Descendo a colina de Alcáçova na direção do Rio Mondego, o turista ainda encontra os conventos de Santa Clara-a-Nova e de Santa Clara-a-Velha, onde Inês de Castro recebia as cartas de amor de Pedro. Não à toa, a canção Coimbra – onde se passou “a história dessa Inês tão linda” –, é a música mais cantada na Terrinha.