Glauco Diniz Duarte Viagens – Entendendo a estrutura do motor de partida
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, o motor de arranque, também chamado de motor de partida, tem como principal função permitir que o motor dê início à combustão. Entretanto, é válido salientar que o motor de partida é uma peça elétrica, por isso ele se difere dos outros componentes mecânicos.
Dentro dos automóveis, o motor está localizado junto ao sistema de transmissão e ao volante de motor à combustão, possibilitando que o especialista em mecânica possa iniciar no mesmo instante.
Logo, o motor de arranque é um componente de extrema importância para o seu carro, visto que é ele o responsável por colocar o motor em movimento. Sua utilidade é restrita ao momento de dar partida no carro, devido a isso ele não fica em funcionamento constante e, consequentemente, tem poucos problemas de desgaste.
Mesmo com várias características positivas, é importante evitar algumas ações que podem levar ao estrago da peça, como:
não deixar a chave virada por muito tempo quando der partida. Se o motor der indícios de que não vai ligar, já é preciso ficar em alerta, pois algo está errado;
não acionar o motor de arranque quando o automóvel já estiver funcionando.
Nesse caso, para que o motor do seu automóvel dê partida, ou melhor, para que ele comece a funcionar, é necessário que haja muita força para vencer a compressão dos cilindros. Essa peça funciona por alguns segundos durante a partida do carro e, por isso, depois, não é mais utilizada, como já foi citado acima.
Diante disso, podemos dizer que o motor de arranque é um componente de baixa manutenção e alta durabilidade. Reforçando, ainda que haja todos esses benefícios, não podemos negligenciar os cuidados básicos, pois é uma peça de alto custo!
Como funciona o motor de arranque?
Como citamos acima, o motor de arranque tem a função de impulsionar o motor quando este ainda se encontra parado. Essa peça é basicamente alimentada por dois cabos. O cabo positivo é ligado diretamente da bateria e o cabo negativo é ligado à carroceria do automóvel, este é acionado quando o condutor do carro gira a chave de forma total.
Alguns pontos são notoriamente necessários para que ocorra uma rotação eficiente, sendo eles:
atrito nos mancais;
temperatura externa;
taxa de compressão;
componentes móveis;
tipos de óleo lubrificante;
número de cilindros;
tipo de preparação da mistura ar-combustível.
Além do mais, o motor de partida é composto por cerca de nove peças, sendo elas: solenóide, bobinas de campo, massas polares, carcaça, suporte de escovas, pinhão de engrenamento, induzido, alavanca de acionamento e tampas.
O motor é um componente onde dificilmente você fará trocas com frequência, porém, não é por isso que não poderá causar problemas. Isso porque a má utilização desse componente pode gerar intercorrências. Dificuldades como manter o motor de partida acionado pode ser indicativo de: problemas na ignição do motor, nas velas de ignição, nas bombinhas ou até mesmo no combustível utilizado.
Como mencionamos acima, a recomendação é que não permaneça com a chave girada por mais de 10 segundos se o motor não responder. O ideal é que se espere por cerca de dois minutos, tempo suficiente para que o motor resfrie, e só depois tente ligar o carro novamente.
Preparamos também algumas dicas gerais para os condutores de carro e também para os seus respectivos mecânicos:
não é recomendado a reutilização de peças, ou seja, peças usadas, paralelas ou recondicionadas, mesmo que apresentem preços mais atrativos no mercado.
não se deve, em hipótese alguma, lavar as peças do motor. O ideal é que utilize apenas um pano seco, só para retirar o excesso de sujeira;
busque um profissional especializado e competente na área, pois além da avaliação do motor, é preciso haja uma verificação do sistema elétrico do automóvel e da chave de ignição.
A oferta por réplicas ou peças recondicionadas é grande. Consequentemente, os consumidores acabam sendo atraídos pelo seu preço mais em conta, que é mais barato do que as peças originais.
Porém, o barato pode acabar saindo mais caro depois. Isso porque a chance do seu carro ser danificado por causa dessa escolha é muito maior, tendo que gastar depois com trocas pelas próprias peças originais que deveriam ter sido compradas antes.
Logo, não se deixe enganar pela oferta do mercado, seja consciente no momento da compra e entenda o que oferece os melhores benefícios para você e seu veículo.
Os componentes de um motor de arranque ou motor de partida são compostos basicamente por:
Suporte Dianteiro
Esse suporte tem como finalidade fixar o motor de partida no carro e sustentar todo o conjunto girante.
Chave Magnética
Esse componente é o que faz o pinhão avançar.
Conjunto de Comando
Realiza a transmissão do movimento de translação ao longo do eixo para o arrastador e, assim, garante o retorno do arrastador ao fim da partida do motor.
Indutor
Sua função é basicamente criar um campo magnético, com o intuito de girar o induzido.
Induzido
Esse é o componente que gira o pinhão por meio de um campo magnético de repulsa, ou seja, é um campo que repele as cargas.
Porta-Escovas
O porta-escovas agrupa e direciona as escovas, viabilizando uma força de contato mecânico entre as escovas e o coletor do induzido, permitindo, assim, a passagem de corrente.
Mancal Traseiro
Esse componente viabiliza a proteção do induzido e o centraliza. Ademais, ele faz a sustentação do conjunto girante.
Impulsor
Esse componente tem como finalidade transmitir a força inicial para o motor. A partir do momento que a velocidade do motor fica maior do que a do motor de partida, o pinhão gira de forma livre, fazendo a sua função.
O motor de arranque é uma peça de suma importância para o seu carro, logo, precisamos cuidar bem dessa peça, pois tem um custo alto. Portanto, mantenha sempre em dia a manutenção do seu automóvel, a fim de evitar intercorrências desagradáveis.
Quais são os sinais de que o motor de arranque está com problemas?
Agora que vocês já conhecem bem o sistema, bem como os principais componentes do motor, abordaremos os principais sinais que o motor de arranque dá quando está com problemas. De uma forma geral, essas são as reclamações mais frequentes dos proprietários dos automóveis quando vão às oficinas. Confira!
Motor “cansado”
Entre os vários problemas existentes, esse é o mais recorrente quando o assunto é motor de arranque e, na maioria das vezes, é ocasionado pelo desgaste avançado nas escovas. É possível verificar o problema quando o dono do carro percebe que o motor está com uma sensação pesada ao ligar, como se o automóvel ficasse “cansado”.
De qualquer maneira, a situação exposta pode ser solucionada com a substituição das escovas. Logo, ainda que complexo, esse é o procedimento mais barato que pode ser realizado em um motor de partida. O que alivia bastante o bolso do proprietário.
Estalo ao ligar
Esse problema geralmente causa um susto no dono do carro. Assim que o condutor gira a chave na ignição, ele escuta um estalido metálico bem alto, mas sem resposta do carro! Após isso, o motor não liga fazendo com que o carro não dê nenhuma resposta com relação ao comando de acionamento, apenas estalando ao tentar ligar.
Esse problema pode estar associado ao solenóide, que não consegue conectar as engrenagens do bendix com as do volante do motor. Diante disso, essa falha pode muito bem ser solucionada com a substituição por um novo solenóide. E pronto! Automóvel pronto para rodar.
Ruído sem acionamento
Nesse caso o motorista relata que nota um ruído no momento da rotação, e o carro não responde. Nesse caso, o bendix está girando descontroladamente, às suas engrenagens gastas e, uma vez gasta, as engrenagens gastas não conseguem mais atracar ao volante do motor. Assim como o anterior, esse problema pode ser resolvido também com a troca de uma peça isolada, o bendix.
Motor “cansado” II
Um sinal bem parecido com aquele visto nas escovas gastas, em que o motor fica pesado, como se não tivesse força para arrancar, sendo, então, incompatível com o funcionamento de um automóvel. Ainda que o problema aparente ser o mesmo, o defeito original pode estar em outro componente: o induzido.
Por estar bem desgastado e já ter completado seu ciclo de durabilidade estabelecido, esse item perde sua capacidade de manter o campo magnético, o que prejudica o funcionamento dos outros componentes secundários, que estão envolvidos no funcionamento da máquina. A solução, então, também é a substituição, o que exige a instalação de um novo induzido.
Silêncio e inatividade
O último problema a ser mencionado é o silêncio e a inatividade. Esses defeitos acusam uma falha generalizada notória no motor de partida. Se ao ligar o carro, o motorista virar a chave por completo e tiver silêncio completo, isso pode indicar a perda total do motor de arranque. Nesse caso, deverá haver a substituição da peça por completo, podendo variar de valor conforme o tipo.
Como evitar que o motor de arranque te deixe na mão?
Pode acontecer de você nunca precisar trocar, ou levar no mecânico para consertar, o motor de partida do seu carro. Porém, estabelecer a vida útil dessa peça é muito difícil, uma vez que há inúmeros fatores que podem interferir, diretamente ou indiretamente, no seu desempenho e durabilidade.
Há diversos cuidados que podemos tomar para evitar que o motor de arranque nos deixe na mão e o principal é a manutenção preventiva de todo o sistema, como também dos hábitos de direção. Caso essas medidas não sejam tomadas, pode acabar resultando em falhas nos sistemas, falhas essas que são provocadas por outras peças da parte elétrica, não tendo nenhuma ligação direta com o arranque do veículo.
Citaremos abaixo alguns cuidados, para evitarmos problemas nos motores e, com efeito, garantir uma maior segurança e durabilidade do mesmo.
Tempo de uso
O tempo de uso é proporcional ao desgaste do motor. Logo, quanto mais partidas, maior a proporção de desgaste do motor de arranque.
Manuseio da chave ou botão
É sempre importante lembrar desse fator, visto que grande parte dos condutores não atentos a esse ponto. Porém, jamais devemos forçar. Assim que o automóvel começa a funcionar, pare de acionar o sistema, isso porque forçar demais pode superaquecer os componentes ou, até mesmo, queimá-los.
Estado de bateria
Caso não esteja funcionando direito, é perceptível que o arranque será afetado, isso porque o arranque é um dos maiores consumidores de eletricidade dos carros.
Alternador
Primeiramente, o alternador também pode ser chamado de “magneto” quando o assunto são as motos. É importante destacar que, muitas vezes, bateria fraca pode ser apenas reflexo de falhas na geração de energia. Esses defeitos ocorrem por motivos eletroeletrônicos ou, até mesmo, mecânicos. Pode ser, por exemplo, desgaste acentuado no conjunto formado pela correia, tensionador e polias.
Fiação
Além de tudo o que foi dito acima, é necessário averiguar os fios, pois se houver fios defeituosos, a chance de ocorrer um curto circuito é gigantesca. Além do mais, fiscalizar se há folgas ou sujeiras acumuladas nos conectores terminais.
Temperatura ambiente
Em cidades de clima frio, sobretudo, é comum que a partida do carro seja um pouco mais difícil e a durabilidade de todo o sistema fique reduzida. Isso porque a temperatura do ambiente afeta o sistema, sobretudo por causa do combustível.
Cuidados com o combustível
É necessário procurar fazer uma escolha bastante rígida dos postos onde você abastece o seu carro, isso para se livrar de possíveis adulterações. Nos carros flex que usam o “tanquinho”, por exemplo, não se pode jamais deixar a gasolina acabar ou ficar velha.
Falta de manutenção
Para o motor de partida funcionar perfeitamente, é de suma importância que o condutor leve o automóvel para fazer manutenções preventivas. Além disso, é preciso ter cuidados redobrados nos filtros de ar, nas bobinas, nos cabos, nas velas e no sistema de alimentação (seja por carburador ou injeção eletrônica).
Portanto, é notória a importância de termos alguns cuidados prévios com o automóvel. Isso vai muito além do que os cuidados só com o motor. A manutenção, por exemplo, pode impedir danos piores, pois quanto mais o seu carro está dentro das regularidades, mais segurança e menos prejuízos.
Como fazer um teste no motor de arranque?
Para realizar o teste no seu motor de arranque é necessário, antes de mais nada, que o seu mecânico averigue alguns pontos cruciais:
Bateria
Aqui é importante que o mecânico dê uma olhada na tensão, conferir a limpeza dos terminais, dos cabos e verificar que há algum possível mau contato. Logo, é uma parte bastante importante na hora de realização do teste.
Acionamento do Pinhão
Já aqui, ao acionar a chave magnética, instantaneamente deverá se escutar um estalo. Escutou o estalo? Isso indica que o pinhão foi acionado adequadamente.
Fios
Quanto aos fios, o primeiro passo é verificar se em todos os isolamentos dos fios não há falhas, visto que se houver, pode causar um curto circuito e danificar muitos componentes envolvidos.
Relés e fusíveis da caixa de fusíveis
Aqui não tem muito erro, basta realizar a verificação de cada um e checar se está tudo nos conformes.
Escovas
Se houver um desgaste natural das escovas que acionam o induzido, isso pode dificultar ou, até mesmo, impedir que o motor de arranque funcione.
Pinhão
Se por acaso os dentes do pinhão estiverem bastante desgastados, isso pode ser um indicativo de que os dentes do volante também estejam. A partir disso, pode causar um ruído bastante evidente e característico. De acordo com a intensidade do estrago, tanto os dentes do pinhão, quanto os dentes do volante precisarão ser trocados.
De uma forma mais objetiva e simples, devemos lembrar que a escolha por um profissional capacitado e confiável é uma parte extremamente importante. O seu automóvel é um investimento e ninguém deseja ficar na mão quando se trata de prejuízo. Por mais que seja um procedimento fácil de ser executado, é necessária muita cautela e responsabilidade.
Além disso, fique sempre atento aos sinais que o seu automóvel emite quando estiver dirigindo, segurança deve estar sempre em primeiro lugar!
Como arrumar o motor de arranque se necessário?
O motor de partida utilizado em alguns veículos é bastante simples de se realizar uma manutenção, isso porque os mesmos não possuem bobinas de campo, o que facilita bastante a realização do trabalho. Os mais simples trabalham com ímãs permanentes. Porém, um dos maiores desafios é o fato da dificuldade de obter novas peças de reposição, uma vez que, geralmente, não são muito fáceis de serem encontradas.
Diante disso, mostraremos, de uma maneira mais simples e objetiva, a forma correta de se executar a manutenção do motor.
Com o motor de partida já retirado do veículo, é necessário prendê-lo em um morsa (importante utilizar mordentes de alumínio ou, então, de cobre).
É importante validar a informação de que, em hipótese alguma, o motor de partida não deve ser preso pelo seu corpo. É necessário prendê-lo de forma segura e efetiva, a fim de se evitar a quebra dos imãs permanentes.
Em outro momento, é preciso preparar as ferramentas para a realização do serviço como: chave de fenda, martelo, chave combinada de 8 e 13 mm, alicate para trava externa, chave torx e outros equipamentos que podem ser úteis.
Após realizar tudo isso acima, é preciso desligar o rabicho das escovas positivas do automático de partida utilizando uma chave de 13 mm. Logo após, já pode retirar os parafusos de fixação do automático e, então, removê-lo do motor de partida.
Assim, depois de realizado todos os passos de forma correta, as peças poderão ser lavadas com gasolina, querosene ou, então, um solvente indicado. Uma coisa ideal de se fazer, após a lavagem das peças, é direcionar um jato de ar comprimido nas mesmas peças manuseadas, a fim de secá-las.
Fiquem atentos ao manusear o ar comprimido! Vale a pena ter uma atenção redobrada.
Portanto, chegamos no fim do nosso post! Aqui, nós abordamos pontos de extrema relevância em relação à questão do motor de arranque. Dedicamos uma leitura mais fácil e compreensiva para todos os públicos. Mesmo que pareça ser algo simples, todas as dicas abordadas acima são de extrema relevância, principalmente para os condutores que não detêm muito conhecimento sobre o funcionamento de carro.
Entender o funcionamento da sua máquina facilita muito a vida e o bolso do condutor, pois danos podem ser evitados ou, até mesmo, corrigidos a tempo. Diante disso, descrevemos de forma minuciosa sobre cada ponto, objetivando deixar ainda mais claro tudo isso.
Ainda que peças de carros sejam algo mais estudado por mecânicos e funcionários no geral das oficinas mecânicas, ter um conhecimento prévio sobre isso agrega muito nos momentos de precisão.
Assim como já foi brevemente dito acima, o mercado capitalista oferece muitas opções e dentre elas, peças recondicionadas ou já usadas. Fique atento para isso! O conhecimento passado acima foi bem claro e breve quanto às consequências disso. Isso porque o barato pode sair muito mais caro em determinadas situações.
No caso do motor mesmo, é necessário uma avaliação do mecânico, para que ele indique uma peça original e coerente ao que seu carro precisa. Isso evitará futuras dores de cabeça e garantirá a sua segurança de maneira eficaz.