Glauco Diniz Duarte Viagens – como montar painel solar
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a energia solar é uma fonte sustentável que não polui a atmosfera. Além disso, essa tecnologia proporciona economia para a população, já que é muito segura e considerada a energia do futuro. Diversos avanços surgem nesse setor todos os anos e o condomínio solar é um deles. Essa é uma nova modalidade de consumo que tende a democratizar ainda mais o acesso à energia fotovoltaica.
O QUE É CONDOMÍNIO SOLAR E COMO É O SEU FUNCIONAMENTO?
O condomínio solar consiste em um modelo de produção de energia solar em larga escala, a fim de fornecer eletricidade para diversos imóveis. Lotes e terrenos que atendam aos requisitos são escolhidos para a instalação de diversos módulos fotovoltaicos.
Esses equipamentos consistem em placas formadas por células fotovoltaicas que são construídas a partir de um material semicondutor, como o silício.
A eletricidade é produzida a partir da absorção dos raios solares, sem que a temperatura tenha influência nisso. A corrente gerada nas placas é contínua e precisa ser convertida para alternada para servir para o consumo. Esse procedimento é feito pelo inversor de frequência e, a partir desse ponto, a energia está pronta para ser distribuída para a rede.
É um funcionamento parecido com os dos sistemas de energia solar domésticos, a grande diferença está na quantidade de energia gerada. Isso permite que mais pessoas, mais famílias e empresas tenham acesso a essa tecnologia e possam se beneficiar da economia gerada por ela.
Além de ser uma forma renovável e limpa de obter eletricidade, os condomínios solares proporcionam a redução da conta de luz dos seus usuários, tornando-os ainda mais atrativos.
COMO ESSA TECNOLOGIA SURGIU?
Muitos passos foram dados para que mais pessoas possam ter acesso à energia solar e isso começou em 2012, com a resolução normativa 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que permitiu a troca de energia entre a unidade produtora e consumidora e a rede pública. Foi isso que deu o início à instalação de sistemas On Grid (conectados à rede), tornando mais vantajosa a aquisição de equipamentos fotovoltaicos.
Depois disso, novas demandas surgiram como o fato de existirem pessoas interessadas em utilizar essa forma de energia e que, no entanto, não tinham espaço suficiente para a instalação de módulos solares.
Assim, no início de 2016, entrou em vigor a regulamentação 687/2015 que, entre outros, teve como principais pontos a ampliação do limite de potência de micro e minigeração, e as novas modalidades de consumo de energia solar.
Essas modalidades são: o autoconsumo remoto, o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras e a geração compartilhada. Foi a geração compartilhada que deu origem ao condomínio solar. Isso porque essa modalidade se caracteriza pela formação de consórcio entre consumidores para o compartilhamento de um sistema fotovoltaico para fornecer energia para várias unidades consumidoras de titularidade diferentes.
Com isso, os condomínios solares surgiram como uma nova oportunidade de negócio. Com a possibilidade de compartilhamento da energia, vários investidores podem se juntar para montar um grande espaço para aproveitamento da energia irradiante do sol.
Dessa forma, surgiu o primeiro condomínio solar do Brasil e o Ceará foi o local escolhido para essa novidade. A rede farmacêutica Pague Menos alugou todos os lotes do condomínio para obter 1.750 megawatts/hora, com o objetivo de alimentar as funcionalidades de suas mais de 40 lojas localizadas nesse estado nordestino.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MODALIDADES?
Dentro da opção de condomínio solar existem ainda diferentes modalidades de produzir energia para sua residência ou sua empresa. É possível que o usuário seja proprietário ou locatário do sistema, por isso, é preciso entender bem o funcionamento e as suas diferenças.
Quando a pessoa física ou jurídica deseja ser proprietária do sistema de energia solar, ela pode ser dona de parte do lote, e dos equipamentos instalados ali, ou dele todo. Assim, é possível financiar as aquisições para o sistema por meios disponibilizados. A semelhança com o sistema usual que é instalado nas residências é grande, a diferença aqui é que a energia é produzida em um local diferente de onde é consumida.
Ao optar pela modalidade de aluguel, o participante paga um valor mais baixo mensalmente. Isso porque o projeto ainda é de propriedade de seu idealizador e a pessoa aluga uma parte para produção própria. Assim, o retorno do investimento é imediato, tonando mais acessível para a população.
Essa uma forma que facilita muito o uso da energia solar porque é um comprometimento menor. O aluguel é determinado por uma assinatura. Então, no período determinado, uma família ou uma empresa terá acesso à cota de energia elétrica daquele projeto.
QUEM PODE SE BENEFICIAR DO CONDOMÍNIO SOLAR?
Participar de um condomínio solar é ideal para quem quer usufruir dessa forma de energia, mas não tem espaço disponível para instalação. Com a expansão urbana acelerada, a verticalização das cidades é uma tendência forte.
Pensando nisso, morar em apartamentos não é mais uma desvantagem em relação à tecnologia fotovoltaica. Os condomínios solares podem ser até mais benéficos para essas pessoas.
Considerando a realidade de profissionais jovens, que estão sempre em busca de novas oportunidades, mudando-se com frequência, basta assinar um contrato curto em um novo condomínio quando for necessário mudar de endereço. O principal requisito é que a unidade consumidora esteja dentro da mesma área de concessão do condomínio.
Essa modalidade é uma forma democrática de disponibilizar a diminuição de gastos de energia, que pode chegar a 95% com o uso da eletricidade fotovoltaica. Dessa maneira, os consumidores podem se tornar independentes das taxas flutuantes da energia hídrica, por exemplo.