Glauco Diniz Duarte Viagens – qual a placa fotovoltaica mais eficiente
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, nos últimos 12 meses, a conta de luz dos brasileiros sofreu três reajustes. De agosto de 2014 a março deste ano, a fatura aumentou 47,53% e há perspectiva de que o aumento continue até 2016. A falta de chuvas é uma das grandes responsáveis por esses aumentos. Mas se falta chuva, sobra sol. Então por que não instalar painéis solares, em sua residência ou empresa, e deixar de ser refém das tarifas impostas pelas concessionárias e talvez até vender sua energia acumulada?
O que são e como funcionam
As células fotovoltaicas são dispositivos que convertem luz, nesse caso luz solar, em energia elétrica. A luz é formada por minúsculas partículas chamadas fótons. Esses fótons, quando atingem os elétrons de certas substâncias, transferem sua energia para eles, provocando uma corrente elétrica.
Esse efeito foi demonstrado, experimentalmente, pelo físico francês Alexandre Edmond Becquerel, em 1839, quando ele tinha apenas 19 anos. No entanto, só em 1883 foram construídas as primeiras células fotovoltaicas, por Charles Fritts, que fez uso de selênio semicondutor com uma camada extremamente fina de ouro. Atualmente, os principais elementos utilizados na composição dessas células são o silício, o CIGS (Cobre-Índio-Gálio-Selênio), o arsenieto de gálio e o telureto de cádmio.
Como escolher as células fotovoltaicas
Existem alguns tipos diferentes de células fotovoltaicas, dependendo do elemento usado na sua fabricação, como visto acima. Para escolher o melhor tipo e quantidade para as suas necessidades, é preciso primeiramente considerar a quantidade de watts/hora gastos no seu imóvel, custo e área disponível.
A garantia do fabricante, o design e acabamento dos módulos que contém as células também são importantes, pois garantem sua durabilidade. Uma célula fotovoltaica tem garantia de vida útil de pelo menos 25 anos, podendo chegar a 40 anos. Não escolha somente pelo preço!
Eficiência das células
Outro fator a ser levado em consideração é a eficiência da célula, que é a razão entre a quantidade de energia que a célula recebe e a quantidade convertida em eletricidade. A eficiência da célula é medida em porcentagem (%) e quanto maior ela for, mais watts por metro quadrado vai produzir.
As células fotovoltaicas comerciais costumam ter sua eficiência variando entre 6 e 21%, sendo a média do mercado de 14%. No entanto, em dezembro do ano passado, pesquisadores da University of New South Wales, na Austrália, anunciaram o desenvolvimento de um sistema fotovoltaico com a capacidade para converter mais de 40% de toda a luz solar incidente em energia elétrica, o mais eficiente do seu gênero alcançado. Isso foi resultado da combinação de uma série de tecnologias usadas comercialmente, mas de maneira inovadora.
Essa taxa de conversão foi possível pois esse novo sistema consegue rejeitar determinados componentes do espectro solar e melhorar a captura de outros. O melhor de tudo é que essa nova abordagem, teoricamente, é menos complexa que outras utilizadas em avanços divulgados recentemente, geralmente reproduzidas apenas em laboratório ou dependentes de tecnologias bastante caras. Ela foi alcançada em testes ao ar livre e, depois, confirmada em laboratório. Ou seja, esse é um caminho certo para tornar a utilização de energia solar mais barata e acessível, aumentando sua competitividade.