Glauco Diniz Duarte Viagens – porque usar energia solar fotovoltaica
De acordo com o Dr. Glauco Diniz Duarte, o panorama energético mundial revela uma dependência de fontes não renováveis de energia elétrica. Cerca de 76,3% da energia elétrica produzida no mundo é oriunda de fontes não renováveis, tais como petróleo, gás e carvão. A participação das energias renováveis é muito pequena a nível mundial e, por esses motivos, existe um grande movimento para a limpeza da matriz energética global.
Nesse sentido, a tendência é que ocorra uma inversão na participação das renováveis. Estima-se que, em 2050, mais de 60% da geração de energia elétrica seja de fonte limpa.
No Brasil, a realidade da matriz energética é um pouco diferente. Há uma grande participação de fontes renováveis de energia, principalmente a energia hidráulica. Porém, outras fontes de energia limpa, como a energia eólica e a energia fotovoltaica, também podem ser utilizadas em nosso território.
A energia fotovoltaica, também conhecida como energia solar, possui um grande potencial de crescimento e investimento em nosso país, uma vez que o Sol é uma constante do nosso clima. Isso faz com que esse tipo de energia seja extremamente vantajoso.
Mas você deve estar se perguntando: por que a energia solar é a fonte de energia renovável mais vantajosa? Continue a leitura deste artigo e veja a resposta!
O panorama da energia renovável no Brasil
Primeiramente, destacamos o atual panorama da energia renovável no Brasil, para facilitar o entendimento das vantagens da energia solar e contextualizá-lo.
Pode-se dizer que a geração centralizada de energia do Brasil passou por uma grandiosa transformação com a inserção da energia eólica. Muitas pesquisas e estudos foram realizados para que esse tipo de energia também fosse utilizado em nosso território. Na imagem abaixo, há um link para um dos nossos e-books que aborda mais detalhadamente essa tecnologia, juntamente com a energia solar. Clique para fazer o download!
A energia hidráulica, por sua vez, apresentou pequenos avanços nos últimos anos. Esses pequenos avanços foram decorrentes do aumento das exigências ambientais e da diminuição de possibilidades de projetos que tenham um maior aproveitamento hídrico.
Já a energia solar ainda está em processo inicial. O principal empecilho encontrado é o custo de implantação, que, ainda assim, já diminuiu bastante. No entanto, a geração de energia fotovoltaica no Brasil apresentará um grande crescimento, uma vez que o sol está presente, diariamente, em quase todo o território nacional.
Além disso, não podemos deixar de mencionar que o mercado de compensação de energia elétrica no Brasil está regulado e muitos estados estão disponibilizando isenção de impostos e outros benefícios, que veremos a seguir.
A energia solar é barata
A energia solar é muito barata, uma vez que ela é produzida pelo sol, que é gratuito. Obviamente, há o custo de instalação e de manutenção das placas fotovoltaicas, mas esse custo apresenta um curto tempo de retorno. Você pode conhecer esse payback nos diferentes estados e cidades do Brasil baixando o infográfico indicado na imagem abaixo.
Os painéis solares, no passado, eram o grande empecilho para a utilização dessa fonte renovável de energia. Mas, nos últimos anos, o custo desses painéis caiu consideravelmente, o que fez com que muitas pessoas investissem nesse tipo de geração de energia.
Certamente, é preciso realizar manutenções periódicas nas placas, o que também gera certo custo. É aconselhável limpar os painéis solares e seguir o manual de instruções fornecido pelo fabricante. Essa é a melhor maneira de garantir a durabilidade de tal investimento.
Não há perda de espaço e não polui o meio ambiente
Outras duas vantagens da energia solar estão diretamente relacionadas à ocupação de espaço e à poluição do meio ambiente.
É preciso apenas que se tenha as placas fotovoltaicas para a geração de energia solar, diferentemente das usinas hidrelétricas, que precisam de imensas represas e construções grandiosas para que a geração de energia ocorra. Dessa forma, não será necessário desapropriar grandes áreas, destruir florestas, matas e toda a forma de vida presente no local.
Além disso, as usinas hidrelétricas, assim como as usinas eólicas, necessitam de uma grande área para operar. Em contrapartida, as placas fotovoltaicas são instaladas em locais normalmente ociosos, como os telhados de casas.
Além disso, a energia solar não polui o meio ambiente, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com as usinas termoelétricas.
É possível reduzir os impostos
Independentemente do momento político e econômico do país, redução nos impostos não é uma frase que costumamos ouvir! Entretanto, a utilização de energia solar pode representar um outro ganho para o consumidor.
De acordo com o projeto de Lei 317/2013, equipamentos e componentes para a geração de energia solar (placas, inversor solar fotovoltaico, materiais elétricos e o sistema de fixação) ficarão isentos da cobrança do imposto sobre importação.
Essa isenção se tornou possível devido ao fato de as usinas hidrelétricas estarem perdendo espaço na matriz energética nacional. Em decorrência disso, a geração termoelétrica se tornou um recurso mais acionado que o desejado, aumentando a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
Além disso, os governos federal e estadual disponibilizam financiamentos exclusivos para quem quer investir em energia solar. Clicando na imagem abaixo, você pode fazer o download de um e-book que apresenta as principais linhas disponíveis, tanto para pessoas físicas como jurídicas.
A energia hidráulica está ficando para trás
Como temos explicado, a energia fotovoltaica está deixando todas as demais fontes de energia para trás. No caso da energia hidráulica, por exemplo, a queda é iminente.
Atualmente, esse tipo de energia representa cerca de 90% da energia elétrica produzida em nosso país. É válido lembrar que o Brasil apresenta o terceiro maior potencial hidráulico do mundo, o que favoreceu a implantação desse tipo de usina anos atrás.
Porém, mesmo assim, o Brasil precisa importar um pouco de energia. A usina de Itaipu não é 100% brasileira. Metade da produção pertence ao Paraguai, conforme acordo realizado durante a fase de construção desse empreendimento. O Brasil também compra mais energia de outros fornecedores.
Essa compra é necessária pelo alto consumo da população brasileira e, principalmente, pelo fato de utilizarmos apenas 25% do nosso potencial hidráulico disponível. A construção de novas usinas não é tão simples quanto parece, principalmente quando se leva em consideração questões burocráticas, administrativas e ambientais.
Portanto, após analisar todos esses fatores, é possível afirmar que a energia fotovoltaica tem tudo para ser um grande sucesso em nosso país. Não haverá tantos problemas para a instalação das placas, como ocorre com as usinas hidrelétricas, por exemplo.
Além disso, o Brasil é um país tropical, onde a utilização de energia solar se torna viável em todo o território nacional e, principalmente, em locais longe dos centros de produção energética. Assim, a sua utilização diminuirá a procura por energia nesses locais e não haverá perda de energia pela transmissão.
Outro ponto que merece ser mencionado é o fato de que a sua instalação, independentemente da escala, não exige que grandes investimentos sejam realizados. Além disso, esse tipo de energia é uma alternativa extremamente considerável para locais remotos ou de difícil acesso, por meio do sistema fotovoltaico de armazenamento. Nunca ouviu falar nessa solução? Então assista ao vídeo abaixo e conheça!
A energia solar também possui algumas desvantagens
Nem tudo são flores. Infelizmente, a energia solar não é 100% vantajosa. Existem algumas desvantagens que merecem ser analisadas.
Há uma grande variação na produção em tempos de baixa intensidade e luminosidade solar. Durante períodos chuvosos, em tempos de neve e até mesmo à noite, não há produção alguma. Por isso, é preciso encontrar uma maneira excelente de estocar a energia produzida durante o dia, que pode ser:
com o uso de um sistema de armazenamento em baterias (apresentado na animação acima);
por meio de uma “troca” com a concessionária de energia, que gera “créditos” aos quais o consumidor pode recorrer em momentos de queda na produção do sistema.
Outro fator negativo é que os painéis solares apresentam apenas 25% de rendimento. Ou seja, durante 12 horas de exposição ao sol, somente 3 horas serão inteiramente aproveitadas. Obviamente, já existem estudos voltados para o aumento deste percentual, mas ainda não foi possível atingir melhores índices.
Por fim, a energia fotovoltaica não poderá ser utilizada em todos os países do mundo. Locais como Finlândia, Nova Zelândia, o Sul da Argentina e o Chile não conseguirão níveis satisfatórios. Pelo fato de se localizarem em latitudes médias e altas, esses e outros locais sofrem quedas bruscas de produção durante o inverno. No Rio Grande do Sul, felizmente isso não é problema. A irradiância é suficiente para gerar energia solar no RS.
Contudo, as excelentes vantagens da energia solar fazem valer o investimento. Em termos de energia fotovoltaica, podemos dizer que os prós são extremamente superiores aos contras.
Esses motivos fazem da energia fotovoltaica a mais vantajosa em relação a qualquer fonte de energia renovável, no âmbito da geração distribuída. O payback está entre 3 e 5 anos para consumidores conectados em baixa tensão.
Outro fator que deve ser acrescentado na vantagem da implementação fotovoltaica diz respeito às questões referente ao projeto e liberação ambiental, que em, projetos solares, são normalmente simples e de fácil aprovação e tramitação dentro das concessionárias.
Essa conjuntura torna hoje os projetos de energia fotovoltaica os mais atrativos e vantajosos no mercado de geração distribuída no Brasil, e a tendência é uma grande expansão nos próximos anos.