GLAUCO DINIZ DUARTE Construções sustentáveis podem aquecer o mercado de imóveis logísticos em 2019
O mercado de imóveis comerciais fechará o ano com leve recuperação, depois do momento desafiador que enfrentava desde 2015. Estudo da Buildings Pesquisa Imobiliária Inteligente aponta que, em todo o país, a taxa de vacância no setor industrial declinou cerca de 3 pontos percentuais no terceiro trimestre de 2018, ficando abaixo do volume registrado de abril a junho de 2017, quando ultrapassou 25% dos imóveis desocupados. Com relação ao mesmo período do ano passado, o ritmo das locações e vendas de galpões e centros logísticos acelerou ligeiramente, descendo a taxa em 2%. Com isso, o trimestre fechou com 22,7% de imóveis vagos, com tendência de cair ainda mais até o fim do ano.
O estudo apontou ainda que até setembro passado, 18,9% dos 167 condomínios comerciais distantes até 50 km da cidade de São Paulo, aguardavam ocupação. Juntos, eles somavam 6,7 milhões de metros quadrados. No raio de 50 km a 100 km, havia 101 condomínios prontos, ou 4 milhões de metros quadrados, dos quais 26,2% estavam vazios; e, acima de 100 km, nos 34 condomínios prontos, com 1,5 milhão de metros quadrados, a taxa de vacância era 33%. Ainda segundo o estudo, atualmente 1.188.600 metros quadrados de condomínios logísticos estão em construção, no raio de 100 km da cidade de São Paulo.
Para Marino Mário da Silva, Diretor Presidente da Retha Imóveis, a maior empresa nacional no setor de administração, gerenciamento e comercialização de condomínios logísticos, “a tendência é que as empresas invistam em imóveis funcionais que representem uma economia em médio e longo prazo”. Entre as funcionalidades, destaca ele, está a sustentabilidade das construções, com a adoção de soluções capazes de gerar economia administrativa aos condôminos.
Sustentabilidade que representa economia
A Retha, uma brasileira entre multinacionais, com mais de 2 milhões de metros quadrados administrados e movimentação de 20 milhões de reais por ano, têm dado prioridade para as construções sustentáveis em seu portfólio de imóveis. A tendência tem ganhado força, por representar uma economia real de recursos para as empresas.
“Vejo uma tendência para condomínios mais flexíveis, que atendam as empresas logísticas e também a indústria, com boa infraestrutura. Construções que levem em conta a sustentabilidade, energia limpa, reciclagem, tratem e reutilizem a água, tenham estação de tratamento biológico de efluentes, e se preocupem também com o bem-estar do funcionário, com bom restaurante, lanchonete, áreas de convivência e bom paisagismo”, explica Marino, para quem o setor de locação e venda de imóveis e galpões industriais sustentáveis deve crescer 10 a 15% em 2019.
Boa localização, mais oportunidades
Administrado pela Retha, o condomínio CBSK, localizado em Itapevi, a 42 km de São Paulo, é um exemplo de empreendimento que investe em soluções sustentáveis para gerar economia. A construção de 84,9 mil metros quadrados, em 339,3 mil metros quadrados de área, possui iluminação de LED em toda a área comum. Outra solução para economizar e evitar desperdício é a estação de tratamento de água (ETA reuso) e esgoto (ETE). O tratamento da água atende as normas ambientais e pode representar até 90% de economia na conta. Já o tratamento do esgoto acompanha o eventual crescimento do empreendimento, tem baixo custo operacional e dispensa o uso de energia.
O CBSK Itapevi se destaca ainda por possuir a primeira rede de comunicação no segmento de condomínio industrial e logístico no Brasil a usar a tecnologia GPON (Gigabit Passive Optical Network) para trafegar internet, telefonia, vídeo e multimídia no mesmo cabo óptico de alta performance, em todo o imóvel. A segurança do empreendimento utiliza o sistema MOKED, com cancelas anti-intrusão/extrusão, sistema de bollards, controle de segurança em sala blindada, controle de acesso, concertina e sensores perimetrais.
Outro grande diferencial do CBSK Itapevi é a localização com saída para as rodovias Castello Branco e Raposo Tavares, e delas para o Rodoanel, ligando a capital ao interior. Lançado em 2017, o condomínio já tem 23.638.83m2 galpões alugados, dos 84.868.88m2 disponíveis.
O diretor da Retha comenta que, ao procurar uma instalação para as suas operações, estar bem posicionada geograficamente é fundamental para a empresa e pode representar oportunidades de negócios e mais economia. “Apresentar ao mercado empreendimentos que podem ter um excelente custo-benefício a médio e longo prazos é uma forma de não perder negócios em tempos desafiadores e de se destacar em épocas de mercado aquecido”, afirma Marino Mário da Silva.