GLAUCO DINIZ DUARTE Fôlego e oportunidades em ascensão na construção civil
O emprego voltou a ter saldo positivo, ainda que tímido, com a abertura de 644 novas vagas entre janeiro e dezembro de 2018. No ano anterior, o balanço final foi negativo e apresentou queda de 3,95%, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
E mais: bons índices nos lançamentos de novos produtos e vendas do mercado imobiliário foram apresentados pela Ceper/Fundace no último boletim, referente ao acumulado de 12 meses. O estudo aponta, ainda, a procura mais intensa por imóveis de médio e alto padrão.
A explicação para isso, segundo o diretor comercial da Imobiliária Fortes Guimarães, João Paulo Rossi Fortes Guimarães, é a necessidade de se reinventar, além de boas oportunidades.
“Passamos pela maior crise do ramo, com investimento praticamente zero em 2017. Foi difícil, mas já começamos a sentir a mudança e as empresas estão pensando, aprovando projetos e comprando terrenos novamente. Nosso último lançamento, na avenida Presidente Vargas, foi uma surpresa enorme. A procura é grande e o novo conceito foi aceito”, explica.
O empreendimento une áreas residencial e comercial em um ponto estratégico da cidade. Além disso, serviu como ‘pontapé’ não só para a retomada financeira, mas da confiança entre os envolvidos também.
“Acredito que nos próximos dois ou três anos conseguiremos recuperar os impactos sofridos e abrir uma cadeia enorme de contratações. Cada construção envolve seguranças, pedreiros, decoradores, instaladores e muito mais. A previsão para 2019 é boa, de muito trabalho pela frente”, finaliza Guimarães.
Enquanto isso, a agricultora Vera Riul segue ansiosa com o investimento. Ela colocou no bolso vontade de comprar um espaço para futuramente gerar renda e viu no início de janeiro a oportunidade de realizá-la. As condições de pagamento e localização foram os diferenciais que a fizeram fechar o negócio.
“Eu acreditei na proposta e resolvi arriscar. Já havia pensado em investir em outros prédios, mas o preço não era atrativo. O tempo de espera foi bom porque consegui analisar bastante e poupar”, completa a compradora.
Financiamentos imobiliários
De acordo com levantamento da Região Administrativa de Ribeirão Preto, houve aumento de 2,15% nos financiamentos imobiliários no comparativo entre outubro de 2017 e outubro de 2018. O município em si apresentou queda nas operações de crédito, mas crescimento de 7,40% nos financiamentos imobiliários.