GLAUCO DINIZ DUARTE Mercado imobiliário volta a crescer em Belo Horizonte apesar da instabilidade econômica
Após três anos de estagnação, o mercado imobiliário de Belo Horizonte volta a mostrar sinais de recuperação. De acordo com pesquisa divulgada no fim de julho pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), 291 residências recém-lançadas foram vendidas em maio na capital e em Nova Lima, na região metropolitana, um aumento de 3,9% em relação ao mês anterior.
Pela primeira vez em 2018, o acumulado do ano foi superior ao registrado no ano passado. Nos cinco primeiros meses, houve um aumento de 1,63% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com pesquisa do Sinduscon, 2018 começou promissor, com 1.120 imóveis vendidos entre janeiro e maio. Em abril, as vendas cresceram 237,3% em relação a março. A greve dos caminhoneiros chegou a fazer o consumidor recuar, mas agora já há sinais de reaquecimento.
“A gente ainda vê o comprador um pouco indeciso, mas este momento tem sido propício já que o preço tem se mantido estável e quem vende está disposto a negociar”, disse o vice-presidente da área de imobiliários do Sinduscon, José Francisco Couto de Araújo Cançado.
Em maio, a Região Noroeste foi a que registrou o maior número de vendas, 129 unidades. Em seguida veio o Barreiro (42 unidades) e a Pampulha (37 unidades). O padrão Standard , que é o apartamento considerado mais básico, com o valor entre R$ 215 mil e R$ 400mil, foi o tipo de imóvel com o maior número de vendas (169 unidades).
O preço médio por m² foi de R$ 8.068 em maio, ficando praticamente estável em relação a abril R$ 8.073. Do total dos 3.785 lançamentos que estão disponíveis para vendas, 1.328 (35,1% do total) são do padrão médio, com faixa de valor de R$400 mil a R$700 mil.
Apesar das vendas de apartamentos novos serem mais expressivas nas regiões Noroeste, Barreiro e Pampulha, o centro ainda é a área mais desejada para quem está interessado na compra e locação de imóveis usados, de acordo com o Grupo Zap.
Nos últimos 12 meses, o Buritis, na Região Oeste, ficou em segundo lugar. Em seguida aparece o bairro Castelo, na Pampulha.
Cerca de 60% das pessoas que buscam uma nova casa em Belo Horizonte são mulheres, têm entre 25 e 34 anos, preferem um apartamento de dois quartos, com até 90 m². Este perfil foi traçado pelo Grupo Zap.
Bairros mais desejados para compra e locação de apartamentos usados em Belo Horizonte
“O cenário é bem estável na cidade. Belo Horizonte é ainda a cidade mais desejada para se viver em Minas Gerais, de acordo com as buscas feitas no site Zap”, disse Cristiane Crisci, gerente de Inteligência de Mercado do Grupo Zap.Em junho de 2018, o m² mais caro de Belo Horizonte para compra foi encontrado na Savassi (R$ 11.589), seguido por Santo Agostinho (R$ 10.654) e Funcionários (R$ 10.654), todos na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, de acordo com o Grupo Zap.
Para locação, a Savassi também é a mais valorizada com R$ 32 o metro quadrado. Em seguida aparecem Belvedere (R$ 30) e Lourdes (R$ 29), também na Região Centro-Sul.