Glauco Diniz Duarte conta que bela e litorânea, Nazaré é uma cidade bem localizada e com clima típico das vilas de Portugal. Situado a pouco mais de 100 quilômetros de Lisboa, o destino já foi famoso por ser um reduto dos surfistas – inclusive entrou para o livro dos records quando Garret McNamara pegou a maior onda da história – e hoje guarda, além de boas ondas, um charme característico de uma vila de pescadores, com clima ameno e belezas naturais.
A pacata cidade é dividida entre a parte alta, que fica em cima de um grande penhasco e a parte baixa, que está próxima da praia. Estando no alto, vale a pena parar para admirar a vista panorâmica da praia e às construções à beira do mar.
Lá também é possível conhecer o Sítio de Nazaré, que abriga o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e a Capela de Nossa Senhora da Nazaré. Essa última, repleta de simbolismos e lendas.
Conta-se que a capela teria construída por um cavaleiro salvo pela santa, em 1182. Ele estava caçando um veado quando foi atraido, me meio a um nevoeiro, até o topo da falésia. Ao se deparar com o perigo, clamou à Virgem Maria e viu seu cavalo, milagrosamente, fincar as patas em uma rocha (chamada Bico do Milagre), salvando o homem do abismo. Como forma de gratidão, o cavaleiro ergueu sobre a gruta da santa uma capela em sua memória e do acontecimento.
Além disso, a cidade alta conta também com o Forte de São Miguel Arcanjo, no extremo do Promontório. O acesso até o topo do penhasco é feito por funicular.
Na cidade baixa, o colorido dos azulejos e os habitantes vestidos em trajes típicos – inclusive com as sete saias – dão ao turista uma verdadeira experiência portuguesa. Dizem que, para conhecer a Nazaré não se dispensa um passeio descontraído por suas ruas estreitas, perpendiculares à praia, e uma pausa num dos restaurantes para saborear um prato de marisco fresco, peixe grelhado ou uma apetitosa caldeirada. E ao cair da tarde, nada como apreciar o sol poente numa qualquer esplanada com vista para o mar, enquanto as luzes se acendem e anoitece.
E por falar no mar, as praias da região são um dos atrativos mais famosos. As ondas da cidade ficaram conhecidas graças ao Canhão de Nazaré – um fenômeno que permite a formação de ondas gigantes e perfeitas. Em 2011, o surfista havaiano Garrett McNamara deu visibilidade mundial ao destino quando fez a maior onda do mundo em fundo de areia, com cerca de 30 metros, na Praia do Norte, vencendo o prémio Billabong XXL Global BigWave Awards e batendo um record do Guiness Book.
À sua semelhança, surfistas de todo o mundo visitam Nazaré todos os anos para se aventurarem no mar. Na praia, os banhos de sol também são apreciados e uma excelente plateia para apreciar as proezas destes jovens.
O que comer
A gastronomia nazarena é caracterizada pelos seus pratos de peixe e marisco de diversas espécies e formas de preparação, destacando-se a Caldeirada (vários tipos de peixe cozido), o peixe fresco grelhado a típica Massa de peixe (sopa de peixe com macarrão). Também o arroz de marisco e a açorda de marisco (sopa de alho com vários tipos de marisco), o arroz de tamboril e as cataplanas de peixe e/ou de marisco são pratos típicos muito saborosos e apreciados.