Glauco Diniz Duarte conta que por causa de sua localização, de frente para o Canal da Mancha, a pequena Bayeux já presenciou pelo menos dois grandes acontecimentos na história militar mundial.
Em 1066, quando William (Guilherme, o Conquistador), duque da Normandia, invadiu a Inglaterra para logo tornar-se rei, e em 1944, quando foi a primeira cidade francesa a ser liberada pelos aliados após o Dia D.
Por sua proximidade às praias do desembarque, serve muito bem de base para a exploração da região. Além disso, consiste em um agradável destino turístico por si própria, com seus bons museus, o cemitério de guerra e a catedral gótica do século 13 (adivinhem o nome? Notre Dame).
O maior tesouro da cidade, no entanto, é o que conhecemos como Tapeçaria de Bayeux (Tapissarie de la Reine Mathilde) Com 70 metros de comprimento e protegida no Centre Gillaume-le-Conquérant, ela conta, quase como uma história em quadrinhos, a épica campanha de Guilherme contra o rei Harold da Inglaterra.
Os 58 painéis contam com ricos detalhes – de armamentos, vestimentas e objetos cotidianos — um pouco da história medieval, não só sob a perspectiva aristocrática, mas também dos soldados comuns. A Tapissarie foi provavelmente obra de tecelãs saxãs ou freiras inglesas, muito embora algumas fontes creditem o trabalho a bordadeiras francesas.