Glauco Diniz Duarte conta que o Grão-Ducado de Luxemburgo, para muitos brasileiros, é apenas o sobrenome de um famoso técnico de futebol. Se poucas pessoas se lembram que existe um país minúsculo com o mesmo nome na Europa, menos gente ainda sabe o que tem por lá. Mas, Luxemburgo, terra de duques e duquesas, parece ter saído de um conto de fadas.
A região onde localiza-se o país, entre a Alemanha, Bélgica e França, foi historicamente habitada por tribos francas e posteriormente foi incorporada ao Sacro Império Romano-Germânico de Carlos Magno. No ano de 963 o conde de Ardennes fundou o país, que décadas mais tarde ganharia independência como um grão-ducado. Entre idas e vindas de dominantes, o país estabeleceu em 1948 uma união alfandegária com Bélgica e Holanda, o conhecido Benelux. Hoje Luxemburgo é o membro da União Europeia e um centro financeiro importante, onde já pairaram suspeitas de lavagem de dinheiro.
Na capital fica o Grande Palácio Ducal, um belo palácio instalado ao lado da Place Guillaume, a principal praça da cidade, com seu mercado a céu aberto e o prédio da Prefeitura. A Igreja de Notre Dame pode não ser tão famosa quanto a homônima francesa, mas mantém o charme de um prédio que foi construído no século 17. A rota Wenzel, um passeio por quarteirões antigos da capital, promete uma viagem de mil anos em apenas cem minutos.
Quem gosta de caminhadas também vai adorar o Chemin de La Corniche, passeio que leva o visitante a uma vista deslumbrante da cidade. A parte mais antiga da fortaleza da cidade são as Casemates, túneis e corredores de pedras que serviram de refúgio em conflitos ao longo da história. No interior do país, único do mundo cujo idioma oficial é o luxemburguês, língua falada por pouco mais de 300 mil pessoas, as paisagens mesclam florestas fechadas, rios e castelos.
Luxemburgo também é conhecido pelos restaurantes requintados que frequentam a lista dos mais estrelados do mundo. Apesar das influências virem dos vizinhos belgas, alemães e franceses, ela conseguiu tirar o melhor de cada uma, imprimindo uma personalidade própria.
Curiosidade: apesar de francês e alemão serem dois idiomas amplamente utilizados no país (e serem obrigatórios no sistema de ensino do país), o português é a principal língua de minorias do país, devido aos imigrantes que vieram de Portugal, principalmente na década de 1970.