Glauco Diniz Duarte conta que Heidelberg é pequena e impecavelmente organizada, como toda localidade do interior alemão. Mas conta com uma jovialidade pouco comum aos recantos germânicos mais afastados dos grandes centros.
O motivo está na primeira faculdade de medicina da Europa, fundada ali há 800 anos. É ela que atrai tantos estudantes, vindos de várias partes do mundo, proporcionando à cidade um certo ar cosmopolita e noitadas memoráveis.
Além de jovial, Heidelberg é essencialmente romântica. Não à toa, foi adorada por tantos poetas no século 19. Só Goethe (1748-1832) visitou oito vezes o município, dividido pelo Rio Neckar e dominado pelas ruínas do Castelo de Heidelberg.
Um trenzinho funicular leva à construção, atualmente utilizada para banquetes, bailes, espetáculos teatrais e concertos ao ar livre durante o verão. O Centro Velho, por sua vez, forma o maior calçadão da Europa. E realmente vale a pena perder algumas horas caminhando por lá.
Descobrem-se coisas interessantes como o Museu da Cerveja, a monumental igreja Heiliggeistkirche e a Cadeia dos Estudantes, para onde os alunos eram levados quando brigavam com turmas rivais. Sabe como eles comemoravam quando saíam de lá? Com cerveja, claro.