Glauco Diniz Duarte conta que quando ainda não era conhecido como O Grande, o jovem príncipe Pedro passava boa parte de seu tempo entre homens do povo, absorvendo ideias que vinham de terras distantes e despendendo tempo construindo barcos e criando estratégias militares com seus exércitos de brinquedo. Quando ele se tornou o czar de todas as Rússias, hábil general e o homem que tirou o país da era medieval, resolveu construir uma nova capital, moderna e com refinados ares europeus, num grande pântano no Báltico. Nascia São Petersburgo. Renomeada Petrogrado e posteriormente Leningrado, quando a perestroika de Mikhail Gorbachev acelerou a queda do comunismo o nome original retornaria aos mapas.
O elegante desenho urbano estabelecido sobre um extensa rede de canais e ilhotas é repleto de edifícios barrocos, palácios extravagantes e igrejas luxuosas. Os óbvios destaques são o Museu Hermitage, um dos melhores do planeta em arte ocidental, o Palácio de Catarina e a Catedral de Pedro e Paulo, mas boa parte da diversão está em caminhar por suas agradáveis ruas e canais.
No alto do verão a cidade vive um hipnótico crepúsculo durante toda a madrugada, fenômeno conhecido como ‘noites brancas’, eternizado no conto de Dostoievski. Isso seguramente vem a calhar para os que gostam da vida noturna, mas também afeta seu relógio biológico. Pelo menos é melhor que seu oposto no inverno, quando o sol do meio-dia está praticamente deitado no horizonte, provocando uma forte sensação de melancolia, preparando-o para uma longa e escura noite.
Mais moderna e cosmopolita cidade russa desde sua fundação, aqui as opções de entretenimento são várias e de alto nível, com o Balé Mariinsky, ainda mais conhecido pelo seu antigo nome, o Kirov.