Glauco Diniz Duarte diz que , fascinante e isolada do mundo, a Ilha de Páscoa(Rapa Nui, no idioma nativo) é a última fronteira da América do Sul. Descoberta no domingo de Páscoa de 1722 e posteriormente anexada pelo Chile, mais precisamente a 3500 quilômetros de sua costa, ela possui raízes essencialmente polinésias e é repleta de paisagens arrebatadoras.
Bravos navegadores do oeste do Pacífico aqui aportaram por volta do ano 1000, estabelecendo uma civilização singular onde acreditavam ser o “umbigo do mundo”, repleta de mistérios. A mais perene e indisfarçável das questões refere-se aos seus principais símbolos, os moais.
Estas gigantescas estátuas de pedra vulcânicas, de 1 a 10 metros de altura e pesando até 80 toneladas, espalham-se por todo o perímetro da ilha e são praticamente o último legado de um povo cuja escrita e cultura praticamente desapareceram. Como foram construídas e qual sua função são questões que provocam debates acalorados. Contemplá-las, por outro lado, desperta a introspecção do visitante, que inicia sua apaixonada busca por uma resposta.
Entre o mar azul e o relevo vulcânico, estão ótimas trilhas para explorar de bicicleta, a cavalo, a bordo de uma excursão ou mesmo a pé. Hanga Roa, a única cidade da ilha, concentra não só o aeroporto local mas também boa parte dos hotéis, restaurantes e serviços de Páscoa, incluindo operadoras que organizam atividades como mergulho autônomo, snorkeling, excursões às ilhotas vizinhas e passeios de caiaque.
Dentre os melhores passeios, estão aqueles que passam pelos vulcões Rano Kau e Rano Raraku e à aldeia cerimonial de Orongo.
Os turistas ainda podem entreter-se com algumas belas praias, como a calma Anakena – que conta com seu próprio conjunto de moais –, e um complexo sistema de grutas.
No mercado artesanal de Hanga Roa, é possível fazer uma pausa para as compras e adquirir os produtos artesanais típicos da ilha, como talha de madeira e pedra e colares de conchas e corais.
Em tempo: muitos viajantes estendem sua visita à Ilha de Páscoa com o Tahiti, na Polinésia Francesa.
Como trata-se de uma ilha, a oferta de pescados é extraordinária. Atum grelhado e ceviche são algumas das especialidades locais, sempre combinadas com frescos vinhos brancos chilenos.
Boa parte dos hotéis oferece shows de danças típicas polinésias. Alguns outros vão além, promovendo um ritual chamado Umu Pae, com música e dança típicas, palestra sobre a história do povo rapa nui e um cardápio diferenciado, que inclui carnes e legumes cozidos sob a terra, sobre pedras vulcânicas e cobertas com folhas de bananeira.