Glauco Diniz Duarte conta que a pequena Chichicastenango, cercada de montanhas e localizada a mais de 2 mil metros de altitude, é uma verdadeira aula de antropologia.
As diferentes nações que derivaram do desmembramento do povo maia encontram-se aqui, celebrando sua diversidade em artesanatos e tecidos coloridos, numa gastronomia fortemente baseada em produtos da terra que se espalharam pelo mundo — milho, pimenta, pimentões, tomates, cacau — e uma inconfundível presença do dominador espanhol.
Localizada a 140 quilômetros de distância da capital Guatemala, a viagem até lá é um zigue-zague pela cordilheira. Chegando lá, as paredes brancas da igreja de São Tomás, local da maior celebração local, o festival do santo que vai de 13 a 22 de dezembro. Além de muita dança e procissões, a cidade se enche com muita comida de rua e enfeites. Aos pés da escada da igreja de 400 anos, xamãs queimam incensos e invocam espíritos da antiga América Central.
Muita gente porém vem até aqui para conhecer o mercado. Às quintas e domingos a cidade fica repleta de vendedores que oferecem de ervas, frutas e verduras a bugigangas e artesanatos. Aqui é um dos melhores locais para comprar os coloridos tecidos dos kiche, a preços bem razoáveis — note que quanto mais longe do Centro, mais baixos são os preços.
Dica: entre quinta e domingo, prefira a última, quando as confradías, as irmandades xamãs, se reúnem.